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Nuno C Cuco - Poems. Shorts. Scripts. Songs.

Sixteen [short story] - Can send through email if requested.

quinta-feira, junho 07, 2007

Mar de vários nomes

"Não sei porque mas quero estar contigo"
Diz ele inconsciente dos seus sentimentos
Que apenas o irão trair…
Rejeito o futuro!
Porque pensar no que poderá ser quando pode ser!
Agora no presente!
Que problemas poderás ter que se sobrepõem
á tua felicidade? Á nossa.
Tudo se anulará.
Apenas restam teus lábios e os meus.
Minhas mãos sobre teu corpo.
Teus olhos sobre mim e meus sobre ti.
Rejeitas tudo em detrimento desses nadas
que te constringem
e te poluem esse raciocínio absolvido da realidade.
Foges ao meu toque
para resolveres o que seria desvanecido ao me veres…
Vejo a rendição a estas coisas fúteis
Uma característica inerente á minha personalidade.
Dou lealdade a quem me pretende.
Apenas a quem devo a eternidade dos meus sonhos.
E mesmo essa me irá trair na sua supérflua existência
e eu a ela
como prova irrefutável da minha fraca condição
á obrigação de a subjugar
perante minha supremacia
de não conseguir provar de que sou capaz de a ter.

Peço desculpa se meu olhar te iludiu.
Pois não haverá amor na falsidade.
Apenas te espero na eternidade dos sonhos inconcretizáveis.
nccuco

V de vaguear

No fim não haverá nada se não pessoas e lugares.
Imagens e pensamentos de onde ir e com quem fazer o que…

Sou um fraco. Nem meu mundo consigo superar,
meus objectivos, meus preconceitos,
meus idiomas e meus ideais.
Falo apenas a um estranho de que sou dono.
Mas se não me dou
como domar os meus leais.
O rei nu da festa descabida
na agua ardente consumida.

Nem ousar falar,
propagar as falsas palavras
de regras por cumprir
porque sei que me falta um dente.
Boca fechada de palavras usadas.
Fútil, vão.
Esta terra já não tem nada.
É como as tantas outras… Esquecidas para já não serem lembradas.
nccuco

O bom e o mau

Ser compensado no tédio
ou forçado á vida eterna do deleito de prazer.
Os grandes pensam de forma equivalente
e todos os pequenos pensam o mesmo.
Crescer para sofrer o temperamento do vento
que parece só existir para teu tormento.
E elas fogem numa proporção maior do que tento ser menor. 

Pedi para ser e deus me deu 190 caras
que não me servem se não para o sorriso
dos que traem os meus.
Sou um riso de altura na insanidade,
e tarado por ingenuidade que não compreendo. 

O porque de querer saber de tudo?!
O que fazes não deixo de..
Se houver algo eu obvio que percebo mas não entendo
como te piso a quilómetros de distância
e te concebo como irracional
mesmo sabendo que na altura,
o pequeno estímulo que te rege
não o faz por mal
mas chega ao cúmulo da contradição
de resistir á minha tentação de descer do meu céu mudo.
nccuco

E num dos 7 dias deus criou o mar para sua salvação e nele a sereia da perdição

O que serei eu sem minha praia,
meu oceano, meu mar.
Sem meu horizonte,
sem te ver todos os dias sim e todos os dias não.
Sem despejar em ti lágrimas
de apenas te ver
nas palavras sentidas
do sofrimento ao não te ter.

É algo estranho,
vivido tão perto e sempre te achar tão distante
por não estares apenas á distancia do toque do meu desejo.
És porta do mundo,
ou para o mundo que se abre na minha mente
como imagem sã
que apenas termina na minha próxima vida
de outros destinos iguais a este.
Espero sempre te encontrar para me acalmar.
Eterno vazio de azul.
Eterno sonho de céus por navegar
e ondas por ver embater no mar de meu branco ver.
Crepúsculo de existência
numa infinidade de magnificência.
Só eu para criar algo tão inútil e tão belo.
Necessário para que existas.
Meu amigo, ajudaste-me a encontra-la.
nccuco

Idiota, Eu

A regra feita do idiota para o próprio.
Viver apenas na consciência do que possa
sem o arrependimento de jamais me incutir
ter feito algo impróprio. 

Donde vivo partir para onde moro
sem me prender na ausência do mundano
e não me esgotar nas imagens,
vivendo esgotado de viagens que me sugam ao tutano.

Vozes fugazes.
Amigos do tempo ausente de delírios do ocasional.
Cumprir um nada que me completa
numa ascensão sem me aperceber que exista algo
que de a um não…

Sim é a única palavra a qual meus actos se constroem
e destroem a vida que decidi não viver.
Porque de pensamentos apenas se fazem novos
idiotas do tempo vão. 

E não será tão melhor abrir todas as portas
para escolher o melhor.
tendo-me ferido vezes sem conta
e no certo seguido as mais que ninguém ousou
conhecer e se perder. Encontrar.
nccuco

Joana

Reconhecer…
Tu não serás decerto contraditora da minha verdade.
Serei acima da razão
Quando nela procuro a minha forma de viver
e ver os outros. Pois uso meus olhos,
minha mente e através das minhas lentes
calculo o teu erro ao ridículo
que não te culpa,
pois é do teu redor ele que te rodeia e nomeia
para o erro que eficazmente cometes. 

Não me ridicularizes no teu, que é apenas igual a tantos outros
que decidiste seguir sem ponderar sobre seus actos,
suas leis que te serão tão omniscientes.

“Não se faz algo porque se o fez.
Quando alguém erra tenta-se não cair no erro de errar,
embora nos encontremos na subjectividade da expressão.
Não te podes achar dono da razão
porque alguém se fez errar no teu ver
que igual a qualquer ser.
Erros têm as particularidades de quem os cometeu”

E como havia eu, porque haveria eu
de aceitar a opinião de alguém,
que tem a particularidade de errar como os outros erraram?
Porque não tenho razão sobre ti
que não és se não homem ridículo.

“Ridículo é tu achares que as pessoas são seus clones,
e na diferença se encontra apenas carcaça.
Pois cometem os mesmos erros?
Pois tu, sem saber (?)
pertences ao grupo de pessoas que erram,
suprimindo a superioridade da razão de que te acusas.”

Estou por saber o que os outros são.
Por saber que erram
ao acharem nas suas palavras uma fútil acção
sem proveito se não para o seu próprio.
Que morram e ardem no inferno que criam!
nccuco

Klaro…

Claro…
vejo nos teus olhos como cobiças o que te cospe
e anseias a inevitabilidade do toque
do que te despreza e te afasta para lá do teu alcance.
fazendo o seu alcançar único objecto de mente
e que te mantém quente nas noites
que pensas em seu corpo sobre o teu,
esmagando-te no seu ego.
e no espalmar de suas mãos
o prazer de ser denominada a seu deleite
enquanto com ele te deites
e és nomeada para satisfazer seu capricho
de te gozar.
nccuco

Meu mundo, Meu céu, Meu sonho

Ah Céu verde
Que reflecte o solo que me prende.
E nele despejo os sonhos
Como meu urinol,
Procurando um eterno sol de alucinações.

Deslumbrante e imunda luz
Encandeia minha razão brilhante
Na conquista dum mundo azul.
E tudo na perspectiva de cimento
Que não me cativa
Se não de copo vazio de tinto.
Conseguido no ontem que virá tardio.
Na imagem de metal que nunca foi de tal… 

Roda-las as rodas.
Quere-las todas no banco.
Andando no infinito de alcatrão de palavras
Para enfatizar as que são todas cabras.
Sem esperanças, nem sonhos
Para não me castigar na frustração
De minha própria cova cavar.
Céu de cemitério esquecido
Neste império de tempo.
Nesta guerra mundial, cobiças do carnal.
Eles vão no vão de se salvar este homem,
Longe de são…
nccuco

17-03 Nos Açores

E fizemos o teste do joelho.
Nesta cobiça de jogos jogamos á caça
Na escolha de quem faz de coelho.
No subentendido os desejos do cão
Tão lógicas como a não proferida palavra
De poder. Sempre ausente,
Presente nas acções: o não. 

Somos belas paisagens de picos e mar.
Supremacia de ser,
Ausência de querer,
Para não ser igual aos demais
Representados na ignorância de pedidos fúteis.
Amarelo e roxo, louro. 

Serei eu se não um frouxo
Na incrédula imagem de ignorância
Que me compreende
Enquanto anseio mais uma garfada
Para quebrar o gelo desta conversa em demasia,
Afim de poder consolar do silêncio inconsolável
No prato branco
Depois da ingrata ingestão da puta.
Os diálogos já não dão luta
E a sucessão de acontecimentos parece interminável
Na bastante questionável
De saber quando vou embora?
Que se fosse agora…
De preferência para calar os gritos surdos
Do ingrato do meu escrito. 

Que venha a boémia.
O vinho, a cerveja
E a memoria que deixará de ser minha.
Que deixe de existir
E a vida de mim fluir, partir…
Deverás da realidade cair
Para não te enganar na buridade do impossível
Incrível…
Foi para deixar de ser.
É para desvanecer.
nccuco

segunda-feira, março 19, 2007

Nidificação

“Nidificação”

E se poder…

Falar todos os dias com alguém.

A troca de palavras quase frenética

Entremeadas com suspiros de sorrisos

De caras longe da pálida face de indiferença.

Paira uma estranha necessidade de continuar.

Que aconteçam erros

Que te tropeçam junto de mim.

A aspiração á tua presença

Tão exacta e precisa como a incoerente

Ciência que a rege.

Cambalear difuso de palavras

Num confronto com a ansiedade que criamos.

O respirar, querer que poder ser de tal forma

Ofegante sem conseguir controlar o contorne

De meu dedo sobre tudo o que é teu.

E conversaremos noite dentro

De palavras/carícias ao teu desejo

Ate nos convencer que será o teu beijo.

Sofri para te ter,

Agora te empurrar,

Como a dependência que me inibe de ser feliz

Mas cuja alucinação assim o faz.

E assim não enganar num nunca desvanecer.

nccuco

Espasmos de perspectivas

“Espasmos de perspectivas”

Espero.

E espero mesmo que o dinheiro me traga felicidade.

Que possa ver nele o reflexo dum verdadeiro eu,

Como a imagem reflectida num espelho

Que ate agora só vista em espasmos de esquizofrenia ocasionais.

Momentos lúcidos duma aparente felicidade

Que não conseguia prolongar.

Antes do sério,

Presumo existir uma necessidade do empolgante.

Quando o tempo cria a monotonia,

Esse é o teste que se precisa superar para existir.

No fim todos me deixaram de amar.

Ciclo,

Inevitável conclusão que nos é deixada pelo tempo:

"O tempo destrói".

E apenas nos resta o recomeço.

A evolução de mais uma que irá desvanecer

E se deteriorar aos olhos do que deixou de amar...

E me sinto absolvido pela sensação do nunca sentir.

A aspiração ao teu me sufoca no respirar de teu oxigénio...

E é macabro ter essa concepção das relações.

Que todas vão acabar, todas desvanecer.

Que não vivemos para alem dos favores alheios

E do desprezo pelo que nos quer.

Apenas sorrimos, em devaneio como que do poluído

Fumo inalado ele veio. Doce beijo...

E s a verdade esta ai…

Se existe porque não criar uma realidade

Para amenizar a sua idealização.

Nas palavras transcrevo a realidade.

As vivências, sensações, simulações de situações

Ansiadas por viver.

O meu percurso foi esse.

Vou… E espero deixar meu passado

De aparência dum fútil agrado longe dum verdadeiro.

Beber e esquecer um presente vazio

Pelo passado de ansiedades ofegantes

Que não trazem se não erradas assumpções do que nunca será…

nccuco

Leitura da Lene

“Leitura da Lene”

Não é uma questão de esquecer e apagar o passado.

Mas torna-lo irrelevante

Para não basear o futuro em sua função.

Nem viver em perspectivas ansiadas

Para alem da realização.

Para não repetir erros,

Criar um novo método de criar

Momentos, memorias.

Melhores ou piores mas diferentes.

Não será do meu interesse fragmentar

Um passado em partes e escolher

Em parâmetros que não seguem qualquer razão.

Novo homem terá de nascer das cinzas

De seu passado revoltado na sua auto incineração,

Num baptismo de combustão,

De chamas, hipocrisias regadas

De falsa fraqueza que a consome.

Pois ignoro o passado

Em detrimento dum futuro vazio mas certo.

Eu não tenho desgostos amorosos…

Apenas pessoais e inter sociais.

nccuco

Leitura Deturpada

“Leitura Deturpada”

“Não é uma questão de esquecer e apagar o passado.

Mas torna-lo irrelevante

Para não basear o futuro em sua função

Nem viver em perspectivas ansiadas

Para alem da realização.

Para não repetir erros,

Criar um novo método de criar”

Como crio

“Momentos, memorias.

Melhores ou piores mas diferentes.

Não será” então interessante

“Do meu interesse fragmentar um passado,”

Passado em partes e escolher.

Um, do, li, ta, que deste necessitar por cá.

Inconcebíveis actos do aleatório

Que não poderão reger quem se rege pelo milionário.

Dum sonho tanto ou quanto excêntricista

Pois eu não sou um malabarista.

Não uso de suas palavras finas para escolher

O que me fazer

Num partido longe do democrático

E apenas elogio sua inteligência num tom

Um tanto sarcástico!

“Parâmetros que não seguem qualquer razão,”

Coesão, tensão que nos aproxima.

Minto… Nos afasta num eterno precipício

Onde guardo o teu passado junto de mim

Para que não o possas aceder pois eu não querer

Que tu existir

Porque odeio de tal forma coerentes, sentir.

“Novo homem terá de nascer das cinzas

De seu passado revoltado na sua auto incineração,

Num baptismo de combustão,

De chamas, hipocrisias regadas” de fantasias

“De falsa fraqueza que a consome”

E me controla a despeja-las e assim lava-las…

As almas todas que me perseguem

E me deixam para trás no meu carro novo

Que não anda a gasolina como o outro,

Velho.

E bebia e bebia,

E fumava. Pensando que não esquecia

Se não no pobre acto de consumir,

Se não, não andava e deixou de o fazer.

Pois não está no querer

Mas no não poder andar sozinho.

E aqui tenho muitos de vos, agora limpos.

Não faço qualquer sentido.

“Pois ignoro o passado

Em detrimento dum futuro vazio mas certo.”

E bem perto de mim esta a libelinha do adeus

E não afastar teus olhos dos meus

Porque não vejo se não por eles

Aquele beijo, que não te dou

E tu das, nos damos, vós deis aos outros

Sem darem a vos próprios.

Pois não pensam nisso.

Sofro de sofrer de dizer sem querer esquecer

O que não pode ser por ter sido

Mais do que o devido.

Afastando-me dum certo sentido de certo

Que esta ou estará… ou talvez estava errado.

Certo?

“Eu não tenho desgostos amorosos…

Apenas pessoais e inter sociais” comigo próprio.

Ser para viver, esquecer e querer ser mais,

Para não ter de enfrentar o erro na rima

Que eu consegui dar.

nccuco

Viva Morte

Viva Morte

Nojo de dias que não passam,

Apenas morrem a meus pés

E deixam um cheiro moribundo.

Ou não será se não o cheiro

De meu cadáver apodrecido.

Meu pecado mortal me prende

Á inutilidade do meu vicioso ciclo

Empregue pelo pecado mortal que me segue.

Meu olhar não se afasta do desvio cego

Á realidade de outrora.

Nada é como devia,

Nada será como a imagem já sonhada…

Quebrada aos olhos do desejoso passado realizado.

A ténue linha que ainda me prende

A este mundo se reflecte numa antecipação

Constante na surreal conquista.

As paredes que no presente me envolvem

E rejeitam a liberdade que lhe ofereço.

Meu corpo se erguerá na imagem que se anseia para si.

Tivemos o mundo…

E este nos espera.

Numa vida de cheiro nauseabundo

Que tende para…

Nada.

nccuco

Uma Figueira

Uma Figueira

Ao novo vida nova.

Ditado popular que povo usa a vida toda.

E na figueira

Peço bom ano a todos a noite inteira.

Eva, Patrícia, Sara e Letícia.

Cumprimentos de felicidade, hipocrisia.

Umas entre outras nesta noite de insanidade.

Este primeiro de Janeiro apenas beber me compete.

Sentimentos, sensações

Que não chegaram a Fevereiro

Deste outro dois mil e sete.

Choveu, sorri, cai mais do que bebi

No vicio dos amigos que no seu melhor tiveram…

nccuco

Olá

“Olá”

É justo ignorar a opinião do alheio,

Porque nele somente esta assente

Seu próprio egocentrismo!

Te achas superior aos demais

E para tal apenas poderás encontrar seus defeitos

Para te conseguir convencer

De que tal ainda permanece.

Iludes o teu mundo a pensar que o és

Na frustração de não compreender

O porque dos outros...

Eu nada sou o que pensas

Pois minha concepção supera minha própria razão

Que não me auto satisfaz

Na minha compreensão.

Não sabes, jamais saberás que desejas,

Não me confrontes com falsos elogios

Na sucessão de esquecer que jamais fomos

Para não, nunca ser.

You’ve disappointed me in so many ways

That it would feel but only shameful

To give you another chance.

nccuco

segunda-feira, janeiro 29, 2007

Palavras

"Palavras" Escolho as palavras q melhor decifram nossas sensações. Por vezes acumular mutuo de tensões ou um êxtase de misturas de secreções. O ilógico da tua percepção é o do mais banal numa de comum compreensão. Adoro cuspir-te em cima enquanto te deixo entrar apenas na noção de te entrar e enterrar da forma que não me fizeste. Esculpo as palavras no teu agrado Para me imaginar num alguém Que te poderia cumprir E o atira para o vazio como o seu de transtorno da sociedade que compreende e não o compreende nas suas normas de normal. Sou ser imaginado, cultivado, falso, pigmeu, titan cujo cada passo de sua palavra corrompeu seu eterno amanha. A carta escrita a teu agrado tão rapidamente desvanece como a moca do cigarro apagado nos nossos lençóis fumado, como q?! Escrevo adeus. nccuco

Incoerente Amizade

"Incoerente Amizade" Apaixonaste pela minha aparência mas prendes-te com restrições sociais. Inibidores do teu real que te afastam duma felicidade passível de alcançar apenas num gesto denominado banal para a idealização do teu sonho. Um príncipe que encontrou sua princesa que o empurra para plebeu ver e seu ego crescer. Não sou, mas poderia ser. Respostas erradas para a pergunta certa. Porque não? Pergunto eu de forma constante apenas contrariado pelo teu porque sim?! Onde palavras teriam chegado para a estática duma amizade passível em nos. Agora arrependimento de não ter rejeitado a ignorante que me deve desculpado dos meus actos de sua consequência. Os longos diálogos que jamais teremos e a compreensão mutua que de longe em nos veremos. Digo ao todo que nos transformou em lodo. Isto é para todos. Eu e ela, tu e... Ele – feito dela. nccuco

Falso altruísmo

"Falso altruísmo" Porque vivi enganado nos esculpros da pobreza. Devaneios da falta de opções e ansiedade da solidão. Ser de atitude decadente na ínfima percepção duma realidade oculta pela falta de vontade na concretização dos seus para um egoísmo no altruísmo do teu agrado. O meu sofrimento trespasse nas tuas palavras perante mim subentendidas como certas a que me escondo. Falsos devaneios dum homem são, sem nada a perder na recusa de ganhar uma morte rápida. Passo a passo respiro num comboio a vapor para inalar o veneno que crio para te dar liberdade da minha vida. A depressão económica se estende para alem das minhas acções, meus actos. E não tenho dinheiro para morrer, apenas me consolo nesta melancolia de atrofio. De objectivo apenas concretizo e desejo de te ter, te afastando num nunca te ver. nccuco

Fútil

"Fútil" Sensações das tuas confusões. Quando vês em mim o teu sim ao outro E rejeitas este numa fraca teimosia Para a futilidade noutro. A procura incerta do que encomendei Do que não esta para vir. Erros nos escritos de deus. Ortografia de juda, Que me conta uma verdade duma vida E sem hesitar confiar em seus ditos. Olhar sereno que me foge E a angustia que me leva a sair deste poço Lamacento me afasta da tua imagem. O perfume do teu engano, Falso e pálido como o incenso sem a lógica de utilização Mas o porque de ser bonito. A ilusão da tua imagem como no teu dito?! Palavra de loucura Na mente não reflectida como a mísera na tua procura. Mas não em mim. Os seus toques podres de alcatrão e cimento E palavras que te deixam assim estúpida Como serás agora ate ao fim. nccuco

Procura de sanidade

“Procura de sanidade" O amor. A consolidação do meu ser. A minha esperança de o ver em um dia em ti e que o vejas em mim. É·a homeostasia da humanidade. O relógio que permite que o tempo passe e as portas se abram e nos esforcemos na idealização dos sonhos só possíveis no apoio do teu abraço. Consequente declínio do meu embaraço pela tua presença. Que anseio tanto o teu agrado que minha acção é corrompida na timidez de tua presença. Amo-te apenas para saber q Eu já mais te encontrarei. Nostálgico salto deste precipício na esperança que o vazio te traga a mim. E na eternidade te espero. Teu toque para nunca esquecer, teu beijo para nunca ter. Acumular deste nada. O meu fim já não tarda. Eu te quis mas a racionalização da estúpida acção corrói tudo o que fiz. Me odeias porque te dei sem hesitar. Devíamos de o fazer a meias. nccuco

Passado que me Espera

"Passado que me Espera" Em casa penso, filosofo, bebo, escrevo poesia e projectos que jamais realizarei. Sou hoje o que serei para sempre: uma imagem do que poderia ser. Então nada faço para não corromper a imagem de nulidade que me abrange e me absolve no todo que não sou. Estou vivo e por isso tudo posso. Mas tudo quero, logo o nada me mantém na ilusão que poderia fazer para não me decepcionar no que fiz quando o que poderia é mais perfeito. A sanidade conseguida na projecção do irreal. Quando dois pólos se afastam, eu surjo no meio sem tombar. para que fugir se me posso manter na ignorância. Pelo menos sei onde me encontro. No vicio da cidadania.. "Poeta", teu "puppet", porque foi para isso que nasci. Faz de mim o que quiseres porque á muito que morri. Sonhos de infância, de sapos e lagartos.. Largados á poeira do nosso pacto. nccuco

Sonho verde

"Sonho verde" As palavras, imagens esculpidas dum mar ainda por ver. Foges dum real para acordar sempre no mesmo sonho de céus verdejantes. Um caminhar trovejante é apenas uma ansiedade para enganar Um ignorante que me procura num outro sonho de enaltecer um medo de ninguém ver. Terras de escorregas dum todo torcido. Rodas pretas puxadas por braços demasiado fracos num sentido contrário ao teu. Vejo a verdade: que ela não existe se não no púrpura das minhas pálpebras. Para que combater contra a minha sanidade, num cambalear que me mostras numa previsão que Deus cria para afugentar os fracos. E voo, porque apenas sem asas, livre dum físico de vários tu, todos eu, tudo confluir para o mesmo meu. De ideias irracionais que compreendo como a monotonia dos dias que apenas eles quebram. São e são. São, são eles. nccuco