Description

Nuno C Cuco - Poems. Shorts. Scripts. Songs.

Sixteen [short story] - Can send through email if requested.

segunda-feira, março 19, 2007

Nidificação

“Nidificação”

E se poder…

Falar todos os dias com alguém.

A troca de palavras quase frenética

Entremeadas com suspiros de sorrisos

De caras longe da pálida face de indiferença.

Paira uma estranha necessidade de continuar.

Que aconteçam erros

Que te tropeçam junto de mim.

A aspiração á tua presença

Tão exacta e precisa como a incoerente

Ciência que a rege.

Cambalear difuso de palavras

Num confronto com a ansiedade que criamos.

O respirar, querer que poder ser de tal forma

Ofegante sem conseguir controlar o contorne

De meu dedo sobre tudo o que é teu.

E conversaremos noite dentro

De palavras/carícias ao teu desejo

Ate nos convencer que será o teu beijo.

Sofri para te ter,

Agora te empurrar,

Como a dependência que me inibe de ser feliz

Mas cuja alucinação assim o faz.

E assim não enganar num nunca desvanecer.

nccuco

Espasmos de perspectivas

“Espasmos de perspectivas”

Espero.

E espero mesmo que o dinheiro me traga felicidade.

Que possa ver nele o reflexo dum verdadeiro eu,

Como a imagem reflectida num espelho

Que ate agora só vista em espasmos de esquizofrenia ocasionais.

Momentos lúcidos duma aparente felicidade

Que não conseguia prolongar.

Antes do sério,

Presumo existir uma necessidade do empolgante.

Quando o tempo cria a monotonia,

Esse é o teste que se precisa superar para existir.

No fim todos me deixaram de amar.

Ciclo,

Inevitável conclusão que nos é deixada pelo tempo:

"O tempo destrói".

E apenas nos resta o recomeço.

A evolução de mais uma que irá desvanecer

E se deteriorar aos olhos do que deixou de amar...

E me sinto absolvido pela sensação do nunca sentir.

A aspiração ao teu me sufoca no respirar de teu oxigénio...

E é macabro ter essa concepção das relações.

Que todas vão acabar, todas desvanecer.

Que não vivemos para alem dos favores alheios

E do desprezo pelo que nos quer.

Apenas sorrimos, em devaneio como que do poluído

Fumo inalado ele veio. Doce beijo...

E s a verdade esta ai…

Se existe porque não criar uma realidade

Para amenizar a sua idealização.

Nas palavras transcrevo a realidade.

As vivências, sensações, simulações de situações

Ansiadas por viver.

O meu percurso foi esse.

Vou… E espero deixar meu passado

De aparência dum fútil agrado longe dum verdadeiro.

Beber e esquecer um presente vazio

Pelo passado de ansiedades ofegantes

Que não trazem se não erradas assumpções do que nunca será…

nccuco

Leitura da Lene

“Leitura da Lene”

Não é uma questão de esquecer e apagar o passado.

Mas torna-lo irrelevante

Para não basear o futuro em sua função.

Nem viver em perspectivas ansiadas

Para alem da realização.

Para não repetir erros,

Criar um novo método de criar

Momentos, memorias.

Melhores ou piores mas diferentes.

Não será do meu interesse fragmentar

Um passado em partes e escolher

Em parâmetros que não seguem qualquer razão.

Novo homem terá de nascer das cinzas

De seu passado revoltado na sua auto incineração,

Num baptismo de combustão,

De chamas, hipocrisias regadas

De falsa fraqueza que a consome.

Pois ignoro o passado

Em detrimento dum futuro vazio mas certo.

Eu não tenho desgostos amorosos…

Apenas pessoais e inter sociais.

nccuco

Leitura Deturpada

“Leitura Deturpada”

“Não é uma questão de esquecer e apagar o passado.

Mas torna-lo irrelevante

Para não basear o futuro em sua função

Nem viver em perspectivas ansiadas

Para alem da realização.

Para não repetir erros,

Criar um novo método de criar”

Como crio

“Momentos, memorias.

Melhores ou piores mas diferentes.

Não será” então interessante

“Do meu interesse fragmentar um passado,”

Passado em partes e escolher.

Um, do, li, ta, que deste necessitar por cá.

Inconcebíveis actos do aleatório

Que não poderão reger quem se rege pelo milionário.

Dum sonho tanto ou quanto excêntricista

Pois eu não sou um malabarista.

Não uso de suas palavras finas para escolher

O que me fazer

Num partido longe do democrático

E apenas elogio sua inteligência num tom

Um tanto sarcástico!

“Parâmetros que não seguem qualquer razão,”

Coesão, tensão que nos aproxima.

Minto… Nos afasta num eterno precipício

Onde guardo o teu passado junto de mim

Para que não o possas aceder pois eu não querer

Que tu existir

Porque odeio de tal forma coerentes, sentir.

“Novo homem terá de nascer das cinzas

De seu passado revoltado na sua auto incineração,

Num baptismo de combustão,

De chamas, hipocrisias regadas” de fantasias

“De falsa fraqueza que a consome”

E me controla a despeja-las e assim lava-las…

As almas todas que me perseguem

E me deixam para trás no meu carro novo

Que não anda a gasolina como o outro,

Velho.

E bebia e bebia,

E fumava. Pensando que não esquecia

Se não no pobre acto de consumir,

Se não, não andava e deixou de o fazer.

Pois não está no querer

Mas no não poder andar sozinho.

E aqui tenho muitos de vos, agora limpos.

Não faço qualquer sentido.

“Pois ignoro o passado

Em detrimento dum futuro vazio mas certo.”

E bem perto de mim esta a libelinha do adeus

E não afastar teus olhos dos meus

Porque não vejo se não por eles

Aquele beijo, que não te dou

E tu das, nos damos, vós deis aos outros

Sem darem a vos próprios.

Pois não pensam nisso.

Sofro de sofrer de dizer sem querer esquecer

O que não pode ser por ter sido

Mais do que o devido.

Afastando-me dum certo sentido de certo

Que esta ou estará… ou talvez estava errado.

Certo?

“Eu não tenho desgostos amorosos…

Apenas pessoais e inter sociais” comigo próprio.

Ser para viver, esquecer e querer ser mais,

Para não ter de enfrentar o erro na rima

Que eu consegui dar.

nccuco

Viva Morte

Viva Morte

Nojo de dias que não passam,

Apenas morrem a meus pés

E deixam um cheiro moribundo.

Ou não será se não o cheiro

De meu cadáver apodrecido.

Meu pecado mortal me prende

Á inutilidade do meu vicioso ciclo

Empregue pelo pecado mortal que me segue.

Meu olhar não se afasta do desvio cego

Á realidade de outrora.

Nada é como devia,

Nada será como a imagem já sonhada…

Quebrada aos olhos do desejoso passado realizado.

A ténue linha que ainda me prende

A este mundo se reflecte numa antecipação

Constante na surreal conquista.

As paredes que no presente me envolvem

E rejeitam a liberdade que lhe ofereço.

Meu corpo se erguerá na imagem que se anseia para si.

Tivemos o mundo…

E este nos espera.

Numa vida de cheiro nauseabundo

Que tende para…

Nada.

nccuco

Uma Figueira

Uma Figueira

Ao novo vida nova.

Ditado popular que povo usa a vida toda.

E na figueira

Peço bom ano a todos a noite inteira.

Eva, Patrícia, Sara e Letícia.

Cumprimentos de felicidade, hipocrisia.

Umas entre outras nesta noite de insanidade.

Este primeiro de Janeiro apenas beber me compete.

Sentimentos, sensações

Que não chegaram a Fevereiro

Deste outro dois mil e sete.

Choveu, sorri, cai mais do que bebi

No vicio dos amigos que no seu melhor tiveram…

nccuco

Olá

“Olá”

É justo ignorar a opinião do alheio,

Porque nele somente esta assente

Seu próprio egocentrismo!

Te achas superior aos demais

E para tal apenas poderás encontrar seus defeitos

Para te conseguir convencer

De que tal ainda permanece.

Iludes o teu mundo a pensar que o és

Na frustração de não compreender

O porque dos outros...

Eu nada sou o que pensas

Pois minha concepção supera minha própria razão

Que não me auto satisfaz

Na minha compreensão.

Não sabes, jamais saberás que desejas,

Não me confrontes com falsos elogios

Na sucessão de esquecer que jamais fomos

Para não, nunca ser.

You’ve disappointed me in so many ways

That it would feel but only shameful

To give you another chance.

nccuco