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Nuno C Cuco - Poems. Shorts. Scripts. Songs.

Sixteen [short story] - Can send through email if requested.

segunda-feira, março 19, 2007

Leitura Deturpada

“Leitura Deturpada”

“Não é uma questão de esquecer e apagar o passado.

Mas torna-lo irrelevante

Para não basear o futuro em sua função

Nem viver em perspectivas ansiadas

Para alem da realização.

Para não repetir erros,

Criar um novo método de criar”

Como crio

“Momentos, memorias.

Melhores ou piores mas diferentes.

Não será” então interessante

“Do meu interesse fragmentar um passado,”

Passado em partes e escolher.

Um, do, li, ta, que deste necessitar por cá.

Inconcebíveis actos do aleatório

Que não poderão reger quem se rege pelo milionário.

Dum sonho tanto ou quanto excêntricista

Pois eu não sou um malabarista.

Não uso de suas palavras finas para escolher

O que me fazer

Num partido longe do democrático

E apenas elogio sua inteligência num tom

Um tanto sarcástico!

“Parâmetros que não seguem qualquer razão,”

Coesão, tensão que nos aproxima.

Minto… Nos afasta num eterno precipício

Onde guardo o teu passado junto de mim

Para que não o possas aceder pois eu não querer

Que tu existir

Porque odeio de tal forma coerentes, sentir.

“Novo homem terá de nascer das cinzas

De seu passado revoltado na sua auto incineração,

Num baptismo de combustão,

De chamas, hipocrisias regadas” de fantasias

“De falsa fraqueza que a consome”

E me controla a despeja-las e assim lava-las…

As almas todas que me perseguem

E me deixam para trás no meu carro novo

Que não anda a gasolina como o outro,

Velho.

E bebia e bebia,

E fumava. Pensando que não esquecia

Se não no pobre acto de consumir,

Se não, não andava e deixou de o fazer.

Pois não está no querer

Mas no não poder andar sozinho.

E aqui tenho muitos de vos, agora limpos.

Não faço qualquer sentido.

“Pois ignoro o passado

Em detrimento dum futuro vazio mas certo.”

E bem perto de mim esta a libelinha do adeus

E não afastar teus olhos dos meus

Porque não vejo se não por eles

Aquele beijo, que não te dou

E tu das, nos damos, vós deis aos outros

Sem darem a vos próprios.

Pois não pensam nisso.

Sofro de sofrer de dizer sem querer esquecer

O que não pode ser por ter sido

Mais do que o devido.

Afastando-me dum certo sentido de certo

Que esta ou estará… ou talvez estava errado.

Certo?

“Eu não tenho desgostos amorosos…

Apenas pessoais e inter sociais” comigo próprio.

Ser para viver, esquecer e querer ser mais,

Para não ter de enfrentar o erro na rima

Que eu consegui dar.

nccuco

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