“Leitura Deturpada”
“Não é uma questão de esquecer e apagar o passado.
Mas torna-lo irrelevante
Para não basear o futuro em sua função
Nem viver em perspectivas ansiadas
Para alem da realização.
Para não repetir erros,
Criar um novo método de criar”
Como crio
“Momentos, memorias.
Melhores ou piores mas diferentes.
Não será” então interessante
“Do meu interesse fragmentar um passado,”
Passado em partes e escolher.
Um, do, li, ta, que deste necessitar por cá.
Inconcebíveis actos do aleatório
Que não poderão reger quem se rege pelo milionário.
Dum sonho tanto ou quanto excêntricista
Pois eu não sou um malabarista.
Não uso de suas palavras finas para escolher
O que me fazer
Num partido longe do democrático
E apenas elogio sua inteligência num tom
Um tanto sarcástico!
“Parâmetros que não seguem qualquer razão,”
Coesão, tensão que nos aproxima.
Minto… Nos afasta num eterno precipício
Onde guardo o teu passado junto de mim
Para que não o possas aceder pois eu não querer
Que tu existir
Porque odeio de tal forma coerentes, sentir.
“Novo homem terá de nascer das cinzas
De seu passado revoltado na sua auto incineração,
Num baptismo de combustão,
De chamas, hipocrisias regadas” de fantasias
“De falsa fraqueza que a consome”
E me controla a despeja-las e assim lava-las…
As almas todas que me perseguem
E me deixam para trás no meu carro novo
Que não anda a gasolina como o outro,
Velho.
E bebia e bebia,
E fumava. Pensando que não esquecia
Se não no pobre acto de consumir,
Se não, não andava e deixou de o fazer.
Pois não está no querer
Mas no não poder andar sozinho.
E aqui tenho muitos de vos, agora limpos.
Não faço qualquer sentido.
“Pois ignoro o passado
Em detrimento dum futuro vazio mas certo.”
E bem perto de mim esta a libelinha do adeus
E não afastar teus olhos dos meus
Porque não vejo se não por eles
Aquele beijo, que não te dou
E tu das, nos damos, vós deis aos outros
Sem darem a vos próprios.
Pois não pensam nisso.
Sofro de sofrer de dizer sem querer esquecer
O que não pode ser por ter sido
Mais do que o devido.
Afastando-me dum certo sentido de certo
Que esta ou estará… ou talvez estava errado.
Certo?
“Eu não tenho desgostos amorosos…
Apenas pessoais e inter sociais” comigo próprio.
Ser para viver, esquecer e querer ser mais,
Para não ter de enfrentar o erro na rima
Que eu consegui dar.
nccuco