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Nuno C Cuco - Poems. Shorts. Scripts. Songs.

Sixteen [short story] - Can send through email if requested.

sábado, julho 23, 2005

Ode a Baco

“Ode a Baco”

Se acontecer é porque no fundo é o que se quer.

Fazer o que o inconsciente pede,

A sua essência se mantém.

O teu ser, a tua posição,

As tuas opiniões, os teus gostos,

Os teus amores, as tuas necessidades.

Vem é ao de cima aquilo que repelias.

Sem saber.

Aquilo que o teu subconsciente empurra para baixo

Para o mundo não conhecer

O teu verdadeiro ser..

Para que não demonstres o demónio que és..

E ele transforma-te nisso!

Naquilo que queres e nunca pudeste

Para amanhã já não te lembrares.

Como que por lua cheia te transformes em lobisomem

Para consumir-te de prazer,

Te trazer à essência do teu ser.

Tudo o que eu fiz com ele foi um grito,

Um acto, no momento

Todas as consequências anuladas

E vivo cada segundo.

Meu corpo não faz o que mando

Mas faz o que quero.

Não há consequências,

Não há constrangimentos,

Não há lembrança.

Para nos arrependermos amanhã da dor de ontem.

Apenas a dor de cabeça.

As tonturas, o cambalear, a insaciável sede,

A fome sem vontade de comer…

Arrependo-me só porque volto ao mundo de regras,

Onde não posso ser livre...

Onde me olham

E eu lembro-me quando me olham assim e refugio-me.

Quando ele me cega desses olhares,

Desses preconceitos e me deixa fazer o que quero…

Mas o amor..

Quando somente se quer o amor

Que poderá ele fazer por mim?

Que poderá ele fazer para o impedir?

Que prazeres carnais poderão substituir o êxtase que ela me trás?

Que toques e carícias àquela mulher sem nome

São mais que todo o ênfase do teu toque?

O toque do meu amor…

Não poderá ser trocado.

Nem tem comparação.

Liberto-me contigo, meu amigo…

Mas a liberdade… É estar com ela.

nccuco

sexta-feira, julho 22, 2005

Filipa

Não estou apaixonado por nenhuma filipa nao! leiam e n comentem o pq do titulo q n m apetece explicar..
“Filipa”

Agora não…

Já não da para voltarmos atrás.

Já nada será como antigamente.

O nosso amor morreu.

A beleza da tua face desvaneceu.

Lembro-me ainda dos passeios pela ria:

Aquelas flores,

Os barcos,

Cheiros sedosos, teus seios voluptuosos.

As pessoas que por nos passavam,

A sociedade que temia,

Que dela fugia para estar contigo.

Ali…

À beira da ria naquele banco de jardim

Onde tudo fugia,

O mundo morria

E a noite enaltecia.

E contigo, naquele canto refinado

Ao propicio das nossas mentes inocentes

Com ardor de prazer no corpo corromper, desejo!

Contigo…

Podia.

Naquele canto.

Não m escapam as cores envidraçadas na minha memória

Tua imagem pintada à luz dum luar de outrora.

Teu cheiro pintado a roxo enfeitiçando o ar.

Não me esquecerei do roxo do teu cheiro.

Do doce do teu beijo

Mas não podermos voltar atrás.

Nada será como antigamente.

Como naquele banco de jardim à beira da ria

Onde a tua beleza tudo me parecia...

E naquele canto refinado

À imaginação dos gritos vorazes da nossa canção.

“A gente” Podia...

nccuco

domingo, julho 03, 2005

Momento em que te amo

“Momento em que te amo”

Depois de propagarmos o nosso amor

Em actos fúteis e corruptos de prazer

Coordenados apenas pela nossa obsessão actual

De satisfazer as nossas necessidades

E sucumbir aos nossos desejos.

Para que nos unimos inevitavelmente

No momento final de vulnerabilidade

Onde despejamos inconscientemente

Todas as falsas emoções

Camufladas de sensações e secreções...

Aí digo-te “amo-te”.

Só aí to digo...

nccuco

Como que Ódio

“Como que Ódio”

Deverias morrer no inferno!

Deverias arder eternamente

Na insanidade do tormento eterno

Dos palitos enfiados nas narinas

E das unhas a saltaram com canivetes ensanguentados

A puxa-los...

Estas cresceriam novamente

Só para serem arrancadas vezes sem conta

Para que teus gritos ecoem eternamente

Como o grito da mãe que chora

Pela perda que esta nos seus braços.

Como o homem que quebra

Na crueldade de ver sua mulher assassinada…

Ouvirei tua vez trovejante no ouvido

Como musica alucinante,

Gritos de dor que me soaram harmoniosamente

E me adormeceram todas as noites.

Fecho os olhos e deixo fluir

A imagem do teu corpo em putrefacção calmamente…

Porque me acalma a mente…

nccuco

A banalidade deste sentimento

“ A banalidade deste sentimento”

Outro dia a ansiar pelo amanha

Na esperança de te ver…

Poder me aproximar de ti

O suficiente para ouvir o teu respirar.

Sentir o teu coração a bater no peito

Na esperança que seja por mim.

Angustiar por não te poder tocar

Estando tão próximo.

Sentido o suor a descer-me pela testa

Devido ao conflito de emoções que me causas,

As sensações que anseio que me induzas.

Minhas mãos tremem ao levantar a chávena de chá

Porque tenho medo

De não o fazer da forma correcta.

Que vejas as minhas falhas

E as minhas imperfeições e já não me queiras.

O meu medo de não te agradar,

Quando eu amo olhar para todas as tuas imperfeições

E apenas desejo que vexes isso em mim,

Que me ames assim…

nccuco