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Nuno C Cuco - Poems. Shorts. Scripts. Songs.

Sixteen [short story] - Can send through email if requested.

terça-feira, dezembro 07, 2010

What tomorrow will bring (PT)

Criei este inferno no teu olhar. Uma fuga duma realidade na qual me encontro. E nela volto com o meu desaparecimento quando o tempo assim o diz conveniente. É relativo ao espaço. Quando lhe procuro, o espaço me aceita para me fazer retornar ao passado e voltar a querer sair do presente lugar onde me encontro.
 
Vejo-te mil vezes nos meus sonhos e em todos a tua face mais pálida do que no sitio anterior. Onde vivi e no desespero, te quis encontrar. Numa situação impraticável te falei e dos suspiros criei uma vontade de ter apenas o que não quero. Ir e voltar. Procuro apenas o que não sei. Quero apenas o desconhecido. Te criaste sem emoção. Morta ao toque duma marioneta cujas mãos e as palavras ocas anseias. 

Volto ao teu olhar: Porque tantas faces. Porque tantos enigmas se és sempre a mesma. Falta-me a vontade de lutar pelo que é meu, então me desleixo na simplicidade do platónico. Pois é mais fácil não ter de enfrentar a verdade (que criaste, que obviamente criaste) do teu olhar.

Evito a repetição na constante procura do êxtase que és. Corpos nus, mãos cheias de dor que transmitem o sabor da vitoria do teu consumo (porque minto? Onde há vitoria num acto tão efémero? Na trivialidade de conseguir apenas aquilo pelo qual o esforço és nulo? Sou um hipócrita de acções egocêntricas. Vivo na contradição das minhas palavras para que a felicidade se mantenha sempre 'a distancia do meu braço. Para que eu me satisfaça ao conceber, ao realizar que nunca poderei obter o que me esta estampado 'a frente.. Magos e feiticeiros são a minha justificação para não dar um paço em frente. Assim não me poderei ver livre do meu objectivo. Pois não sou ninguém. Quem sou eu para dar o passo em frente se não me foi dado esse poder? Se deus me deixou paraplégico de sentimentos? Assim vivo, "feliz")
nccuco

3 pequenos fragmentos

Vou quebrar as minhas regras
para definir as regras que desejo cumprir.
Uma vida de oportunidades desperdiçadas, disse ele.
A do esquecer como uma irrefutabilidade 
para a concretização de se ser lembrado,
em sonhos angustiantes duma reminiscência distorcida
para se tornar um pesadelo recorrente do que se quer.
Quando nunca se teve estas mentiras nostálgicas
na qual me decido banhar.
Um dia te vou esquecer. Oh futuro.
Que me persegues e suspiras ao ouvido:
estou aqui, estou sempre aqui.
nccuco
Temo a morte.
E na ausência da vida
temo esta monotonia do que não deixa ser. 
Receio a estagnação das minhas ideias, 
dos meus actos que me tornam são. 
Desejo as ondas de imensidão correspondente ao tempo que deixa pensar. 
Não esquecendo os prados 
onde posso deitar meus sonhos
e colher olhares de vidas por ter. 
E aqui jaz meu corpo. 
Peço-te o mar, peço-te cidade. 
Pelo amor de deus, peço-te vida! 
Pois morro antes que meus pés toquem nesta terra que julgo ser minha. 
Por favor. minha de novo...
nccuco

Um conjunto de situações desfavoráveis acumularam nisto. 
Não posso deixar de concluir sobre as consequências dos meus actos
que tornaram o presente na sua antítese.
Nos desejos desaparecidos na facilidade
de se sucumbirem em desperdício. 
A contradição do desejado esta ciente de sua presença maquiavelica.
E de pensar que sou a causa disto. 
Que só existes por mim
e te causo meu tormento momentâneo.
Porque o tempo é meu amigo 
e outro dia me acompanhará a um inicio melhor. 
Da-me a mão. 
Larga o copo e toca no chão q pisas. 
Vem.
nccuco