“D de sespero”
Porque nos meus olhos se reflecte a triste solidão
Da tua presença
E a magoa sofrida na tua indiferença.
O vulto que se tornou o teu ser espairecido
Para eu deixar de ver
Numa memoria que deixei de ter.
Choros por dar desaguam na sólida cadeira
Que havias construído
Como apoio à tua destruição.
Masmorras de corrompidos desejos,
Que jamais serão preenchidas,
Esbarrados com sinal de proibição.
Neste grito sólido de indignação
Pela incompreensão do teu olhar negro.
De vazio tórrido,
A inquietude do descomprometido
E do “amado sem sentido”
A que me procuraste…
O teu refugio!
A pedra deixada no sapato lido
Que leio sem o fim deste receio
Relacionado a ti.
De que eu já não posso, não vim
Clima de memorias esculpidas, apagadas,
Foram dadas para serem destruídas.
Aflição do sem… Porque do com já eu estava habituado.
E nesta sensação passo, para o bem do teu bem.
E neste grito de lágrimas
Restam as tuas últimas palavras
Que na eterna consolidação do nosso não ser...
Jamais serão dadas.
nccuco