No meu sorriso se transparece uma realidade de outrora.
Não sou o que fui.
Resta-me apenas um rancor
por uma sociedade corrupta que não me larga.
Desejo o carnal. Desejo satisfação!
Quando na altura precisa da felicidade
que não pode coexistir com o conhecimento, desejava o amor.
Agora possuir-te e corromper teu corpo.
Vos... Plural pois é pela multiplicidade da coisa que anseio.
Serás. Não, emendo.
Serão minhas as vontades que não vos foram escolhidas.
E uma a uma colho os frutos dos pecados que semearam.
Não merecem se não o meu toque frustrado
para que eu emende a pobreza,
a podridão que enxerguei no meu coração.
Desejo libertar-me do sentimento inexistente.
Para que a felicidade te caia sobre os braços
como um toque leve sucedido pelo meu suspiro no teu ouvido
que te diz calmamente, com minha mão sobre teu peito: és minha.
Foste minha. Agora e para sempre num passado... Longe.
Cheio de gente que me foi conhecida.
Agora resta nos a solidão amarga na liberdade doce do nosso reencontro.
nccuco
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